“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos,
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.”
– PEDRO. (I Pedro, 3:8.)
De todos os tesouros que a Divina Providência te confiou, um deles é a piedade que podes
libertar como um rio de bênçãos das nascentes do coração.
Pensa nas lágrimas que já te passaram pela existência e nunca derrames fel na trilha dos
semelhantes. Para isso é necessário raciocines e te enterneças, entre a luz da compreensão
e o apoio da caridade.
Compadecemos-nos facilmente dos irmãos tombados em necessidades materiais, cujos
padecimentos nos sacodem as fibras mais íntimas, mas é preciso igualmente nos
condoamos daqueles outros que se sentam diante da mesa farta arrasados de angústias, à
face das provações que lhes desabam na vida.
Bastas vezes, perdemos lições e oportunidades preciosas para a aquisição de valores da
Espiritualidade Maior, tão-somente por fixar a observação na face de situações e pessoas.
O entendimento fraternal, no entanto, é clarão da alma penetrando vida e sentimento em
suas mais ignotas profundezas.
A vista disso, seja a quem for, abençoa e auxilia sempre.
Diante de quaisquer desequilíbrio ou entraves que te venham a surpreender na estrada
terrestre, molha a tuia palavra no bálsamo da compaixão, a fim de que te desincumbas
dignamente do bem que te cabe cumprir.
Procedamos assim, onde estivermos, na certeza de que, em nos referindo à maioria de nós
outros – os espíritos endividados da Terra -, todas as vantagens que estejamos desfrutando,
à frente do próximo, não chegam até nós em função de merecimento que absolutamente não
possuímos ainda, mas simplesmente em razão da misericórdia de Deus.
Abr 07 2021
Das nascentes do coração
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